domingo, 24 de abril de 2011

Como se tornar um fotógrafo profissional

ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS
Caminhos para se tornar um fotógrafo profissional
Confira dicas para entrar no mercado dadas por quem contrata ou ensina e por quem já chegou lá.
O que o mercado exige e o que você tem que fazer para chegar lá.
Por NATÁLIA MANCZYK
Artigo tirado da revista Fotografe Edição de 14º Aniversário
Ano 14 – Nº 168 – Setembro 2010
 Quando decidiu ser fotógrafo profissional, Wellington Nemeth trabalhava em uma empresa aérea. Fez um acordo com a companhia e o dinheiro da indenização ele investiu na primeira câmera. Já Dorival Zucatto, formado em Psicologia e Serviço Social, conseguiu a primeira câmera profissional propondo a compra de Zenit do amigo que havia sofrido um acidente de moto e precisava de dinheiro para consertá-la. Os dois são hoje reconhecidos, respectivamente, na fotografia social de moda. Mas até abrirem as portas que levam ao mercado profissional tiveram que, além de investir em equipamentos, fazer assistência para fotógrafos renomados, ter bons contatos e batalhar para o desenvolvimento técnico.
  
                Desde o momento em que se descobre o gosto pela fotografia até passar a exercê-la de modo profissional há muitas portas para serem abertas e um grande caminho a ser percorrido, que pode incluir desde a frequência em cursos livres e a ajuda de um bom profissional até o aprendizado individual por meio de muito treino. Entretanto, após desenvolver-se na área, é necessário ainda enfrentar mais um obstáculo: a entrada no mercado. Para isso não há receita pronta, mas uma série de ingredientes como dedicação persistência, conhecimento, talento, sorte, paciência, senso de oportunidade, ética, entre outros. O segredo é misturar pelo menos três desses ingredientes para criar a sua própria fórmula de sucesso.
Para começar, fotografe.
                Em todas as áreas da fotografia, quem contrata exige sempre que seja apresentado um bom portfólio, mas engana-se quem pensa que é necessário estar no mercado para produzi-lo. Aqueles que planejam se tornar profissionais devem estar sempre fotografando. “Não adianta achar que é fotógrafo sem fotos para mostrar. E, para isso, tem que fotografar”, indica Thales Trigo, diretor da Fullframe Escola de Fotografia e ex-coordenador do Bacharelado em Fotografia do Senac-SP.
                O fotojornalista Gustavo Roth, editor-adjunto de fotografia da Folha de S. Paulo, diz o mesmo. Para ele, o candidato não pode deixar de fazer fotojornalismo só porque não está no mercado. Felipe O’Neill, que, aos 23 anos, é fotojornalista do jornal O Dia, sugere: “Quem está começando não pode dizer ‘ninguém está me pautando, então não tenho feito nada’. É muito importante se pautar. Tudo pode ser fotografado e até se tornar pauta”.
                No entanto, não é só no fotojornalismo que é possível fotografar sem fazer parte do mercado. Na fotografia de moda, entrar em contato com agências de modelo e com maquiadores para fazer uma produção por conta própria, frequentar desfiles e fazer contatos com estudantes de moda, que geralmente precisam de fotógrafos para suas produções, são algumas das opções. Também não é um empecilho a falta de um estúdio: as produções podem ser externas e vale se basear no trabalho de um fotógrafo que você admire, apoiando-se na luz e no posicionamento usado por ele, mas tentando ao máximo colocar oersonalidade no trabalho.
                Já na publicidade, que exige um conhecimento mais técnico, os profissionais indicam começar em outra área. “Além de técnica, exige bom equipamento e habilidade. É melhor iniciar pela fotografia editorial”, sugere o fotógrafo Cristiano Burmester, diretor do Abrafoto – Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade.
                Formado em Rádio e TV, Gabriel Wickbold, 25 anos, aprendeu fotografia de modo autodidata. Hoje tem um trabalho autoral que lhe deu projeção no meio artístico, da moda e da publicidade. “O mercado de publicidade é o mais perfeccionista. Se o fotógrafo tem dúvidas quanto à técnica e ao tratamento, melhor esperar. Na fotografia de publicidade, ele tem de saber também que será um executor. Se quiser criar, a moda dá mais liberdade”, afirma. O fato de ter montado um estúdio deu visibilidade ao trabalho de Gabriel. “Pude ter meu espaço e o meu equipamento para pirar. Mas montei sem saber nada. Pesquisei como montava e fui em frente”, conta.
Assistência na moda.
                Na fotografia de moda e publicidade, uma boa porta de entrada ainda é ser assistente de bons fotógrafos. “O iniciante acaba tendo contato com os problemas que ocorrem na produção da foto. E mesmo sendo o fotógrafo quem os resolve, dá para aprender”, explica Dorival Zucatto, que foi assistente do fotógrafo de moda Danilo Russo. Alex Villegas, atualmente professor do Instituto Internacional de Fotografia, escola de Danilo Russo, também foi assistente desse mesmo fotógrafo.
                “Para estudar fotografia a fundo como queira, eu era obrigado a trabalhar com isso”, justifica ele. Villegas sempre se interessou por fotografia, as até exercê-la profissionalmente teve um caminho diferente: “Comecei por outra ponta na fotografia, o tratamento da imagem”, diz. Ele iniciou a carreira como designer e trabalhou em uma multinacional de produção gráfica. Depois de entrar em uma lista de discussão sobre fotografia, conheceu o fotógrafo Marcos Kim, especializado em tratamento de imagem, e, com advento da era digital, os dois sentiram necessidade de criar uma empresa de gerenciamento de cor.
                “Eu estava me arriscando na fotografia comercial e sentia falta de um conhecimento técnico e artístico. Decidi trabalhar com Danilo Russo”, conta Villegas. Depois de um ano e meio, ele sentiu que havia alcançado o nível que desejava e trilhou um caminho individual. Segundo ele, ainda hoje recebe dicas de Danilo. “Ele olha meu portfólio e dá conselhos. O fotógrafo para qual o iniciante dá assistência pode se tornar uma espécie de mentor. É uma pessoa para confiar para toda a vida. Outra vantagem de ser assistente é que o iniciante pode se focar, se aprofundando na vertente do fotógrafo, o que não acontece com um curso livre. Além disso, quem foi assistente consegue encarar o cliente com mais naturalidade do que quem ainda não teve contato com o mercado”, cita.
                Danilo Russo, o mentor de Zucatto e Villegas, ensina: “Nas cidades onde há pouca chance de ser assistente de alguém mais experiente, um bom começo é fazer books de parentes, amigas ou conhecidas. É um treino para dirigir modelos e estudar poses. Ler artigos e ver fotos em revistas especializadas, ter referências, ir a exposições, estudar os mestres da fotografia... Tudo isso é importante para quem quer se tornar um profissional, em qualquer área da fotografia”.
                Wellington Nemeth, há seis anos assistente do fotógrafo Mauro Holanda, também desenvolveu no período tanto a técnica quanto o atendimento. “Como nunca fiz um curso de fotografia, absorvi muito como assistente. Aprendi sobre usar a lente certa na hora certa, filtros, temperatura da cor, técnica do olhar, composição, luz, produção e pós-atendimento na prática, sem contar a infinidade de livros que há no estúdio e que pude ver para ter referências”, diz.
                Mas para quem ainda quer entrar no mercado, como conhecer grandes fotógrafos para ter chance de trabalhar com eles? Frequentar o meio para conseguir uma rede de contatos e mostrar dedicação são algumas das maneiras. “Network é metade do caminho. Mas não adianta ter network e não ter o que apresentar”, indica Villegas. Na hora de buscar um fotógrafo para prestar assistência, ele dá uma dica: o iniciante deve procurar alguém com quem se identifique, pois trabalho é pesado. “O assistente está lá para aprender por osmose. Não tem espaço para ego”, compara.
Para se manter.
                Apesar do grande aprendizado como assistente, o iniciante deve se programar para o baixo salário do serviço. Villegas preferiu ser assistente do que fazer um curso em Londres que havia planejado e, assim, usou o dinheiro guardado para se manter durante o período de grana curta.
                Nemeth fazia trabalhos paralelos como freelancer e Zucatto tinha um trabalho fixo como funcionário público, atuando como assistente à noite e nos finais de semana, o que ele indica: “Na moda, aparece muito trabalho nesse período. Eu tenho hoje um assistente que fica comigo à noite e nos fins de semana. Os lojistas não querem deixar de cuidar de seus negócios de moda durante a semana”. Para os iniciantes, uma dica é começar fotografando essas lojas mais simples, como sugere o fotógrafo de moda Mauri Granado: “Você tem mais chance de ser contratado e pode ir treinando e fazendo editoriais cada vez mais elaborados para marcas maiores”.
                Para Zucatto, é por haver uma afinidade de níveis de lojas que, apesar do surgimento de diversos novos fotógrafos com a tecnologia digital, há espaço para todos nesse mercado. “Tem trabalho para todo mundo porque há vários níveis de clientes e, assim, de fotografia. O mercado não está saturado”, acredita.
Vale a técnica.
                O mercado sofreu muitas mudanças com o desenvolvimento da tecnologia digital. Na publicidade, apesar da importância de se começar como assistente, a função tem diminuído. “Como a fotografia ficou mais acessível, as pessoas têm queimado etapas e deixado de procurar ser assistentes”, diz Cristiano Burmester. Segundo ele, a era digital mudou também a forma de produzir: “Gasta-se menos com produção porque existe a ajuda do digital e a fragmentação das mídias, em que uma imagem agora pode ser pensada para internet”.
                No mercado atual, ele observa que a concorrência é grande, principalmente em São Paulo, pois os clientes querem pagar menos, o que dificulta a procura por um trabalho diferenciado e aumenta a concorrência. Para quem imagina que o fotógrafo de publicidade é o que tem maior retorno financeiro, Burmester comenta: “O fotógrafo de publicidade ganha proporcionalmente ao custo da produção. Quanto maior a produção, maior será o retorno”. Ele indica para os iniciantes que, além de apresentarem o trabalho no Flickr, em blogs ou sites, tenham contratos e sejam mais polivalentes, isto é, entendam também de itens comerciais como as burocracias para aprovação do trabalho e prazo de pagamento.
                “Também é preciso ter muita técnica, entender bem de estúdio e ter muita paciência e jogo de cintura”, sugere a fotógrafa Paola Vianna, da agência Lew’Lara. Esse perfil é bastante necessário para o fotógrafo de publicidade, pois ele tem menos liberdade para criar e deve cumprir exatamente o que foi determinado pelo cliente. “Não é fácil fotografar com alguém dirigindo sua luz o tempo todo. Se o cara encana que quer o suor da garrafa com a gota um pouco mens redonda, você tem que cumprir”, exemplifica.
                Paola é formada em Publicidade e aprendeu fotografia sozinha, no estúdio da redação das revistas Época e Quem, onde trabalhou por dois anos e meio na seção de fotografia, pautando os fotógrafos e editando. “Dentro da redação, comecei a fazer assistência e a fotografar coisas pequenas, produto. Eu não tinha noção. Ia mexendo ou perguntando”, lembra ela, que apesar de formada em Publicidade, não se identificava com o curso e sempre procurou outra área para trabalhar. “Fazia essas produções pequenas, mas queria começar a fotografar mais. Um diretor de arte da revista me apresentou para o renomado André Schiliró. Como a assistência não era remunerada, trabalhava na revista de manhã e com ele à tarde”, conta. Depois de três meses com Schiliró, uma amiga que trabalhava na Lew’Lara a indicou para a vaga. “Ela me disse que o Luiz Moretti, que trabalhava na agência, estava trovando a equipe e precisava de assistente. Hoje ele tem estúdio próprio, mas eu continuei na Lew’Lara. Fazer assistência é a melhor escola”, diz.
                Paola é fotógrafa no estúdio da própria agência, o que é comum em grandes da área. “A vantagem é que conseguimos apresentar para o cliente um projeto mais concreto e viabilizá-lo com custo mais baixo. A empresa consegue produzir com custo até 50% menor, sem precisar gastar com aluguel do equipamento, do estúdio e o custo do fotógrafo”. Com estúdios na agência, ela desenvolve trabalhos não mais rafiados, mais sim “layoutados” – segundo o jargão publicitário – com a foto muito próxima do que será o produto final.
                Segundo Paola, no mercado atual o cliente cobra que o projeto seja apresentado dessa maneira. Assim, é importante que o fotógrafo de publicidade tenha a capacidade de visualizar o produto final em partes. “Nós fotografamos o fundo e os produtos separados. Ele tem que conseguir enxergar a imagem recortada”, explica.
Formação universitária.
                As exigências para a entrada no mercado também mudaram quando se trata de fotojornalismo. Se antigamente era mais comum haver fotógrafos que começaram como auxiliar no laboratório, motorista ou mesmo servente do jornal, hoje os editores exigem que o fotojornalista tenha curso superior. “A fotografia atualmente cobre assuntos mais frios, tem mais retratos e precisa de mais análise. O fotógrafo precisa ter conhecimento e referência, saber buscar informação e ver publicações estrangeiras. Se ele tem curso superior, é acostumado a isso”, explica Gustavo Roth, da Folha de S. Paulo. “A preferência é por formação em Jornalismo para que o fotógrafo tenha conceito de ética, de como funciona o jornal e de que tem sempre que ouvir o outro lado da reportagem”, complementa.
                O editor de fotografia do jornal gaúcho Zero Hora, Ricardo Chaves, resume: “Quem quer entrar no fotojornalismo deve ter no mínimo formação universitária. Desses com curso superior, é melhor quem for esperto. Desses, com curso superior e esperto, é melhor que tenham conhecimento multimídia e, desses, é melhor ainda quem fale outros idiomas. Mas não basta ter tudo isso se o fotógrafo não souber se comportar nas relações humanas. Trabalho jornalístico é trabalho de equipe”.
                Aos 59 anos, Kadão, como é apelidado, acompanhou as muitas mudanças na profissão. Ele diz que atualmente está sendo exigido ainda que o fotógrafo esteja na internet e que se manifeste também por meio do vídeo e, para isso, domine softwares de edição e entenda de cinema. Ele observa também que hoje os fotógrafos estão menos oportunidade para fazer uma pauta na rua devido ao alto custo e à facilidade de se conseguir fotos de amadores que tenham registrado o fato. “Antigamente, bastava estar na redação para sair e voltar com histórias interessantes”, ensina.
                Outra mudança é observada por Roth: “O fotógrafo era muito preocupado com a foto da capa. Hoje, ele tem que pensar que a foto pode ser publicada na capa do caderno, pode ser uma foto interna ou ter um corte diferente se entrar um anúncio. Ele deve trazer várias opções de corte e de cena. Tem que lembrar que é um ensaísta e deve buscar o entorno do fato e personagens”.
                O jovem Felipe O’Neill também enxerga essa tendência. “O mercado está cada vez mais sufocado pela quantidade de gente. Temos que explorar e criar cada vez mais. É importante identificar quem são as pessoas importantes na mídia, saber os cargos de cada um, sugerir pauta e trazer alguma história interessante que tenha visto na rua”. Quando pretendia entrar no fotojornalismo, ele costumava fazer pautas por conta própria, pedir a opinião de professores e fotógrafos sobre suas fotos e ver livros de fotografia. “No carnaval, em vez de me divertir, ia fotografar para treinar. Como não tinha credencial para entrar na Sapucaí, fotografei os blocos de rua do Rio de Janeiro e, como não podia entrar no Maracanã, fotografei os jogos de série B. Quando conseguia entrar nos eventos, ficava observando a postura dos fotógrafos e como usavam as lentes”, ensina.
                É o que está fazendo Bruno Pini, que, formado em Jornalismo desde 2009, está tentando entrar no fotojornalismo. Nascido em Cuiabá (MT), ele se interessou por fotografar na faculdade e, ao se formar, se mudou para São Paulo em busca de mais mercado na fotografia e de uma pós-graduação relacionada a jornalismo. “Trabalho com marketing, faço assessoria de imprensa de fotografia como freelancer. Mas quero mesmo ser fotojornalista”. Para treinar, ele tem fotografado por conta própria shows, cenas da cidade, esporte e uma greve de professores da rede estadual que acabou em confronto com a polícia. Para se aprimorar na técnica, ele fez curso de fotografia na escola FullFrame. “O curso foi fundamental. Ser autodidata é tentativa e erro, mas com a formação na escola a gente aprende a pensar muito antes de fotografar. Estou planejando fazer cursos complementares, como de flash externo e estúdio, conta.
Cursos livres.
                Os cursos livres têm sido bastante procurados por quem quer se profissionalizar em fotografia. A partir de junho de 2010, a escola paulista Focus passou a oferecer certificação profissional em fotografia e, desde então, 80% dos alunos que procuraram a Focus têm o  interesse em se profissionalizar. Enio Leite, diretor da escola, conta que grande parte dos interessados tem formação superior, inclusive em Fotografia. “O curso serve como uma complementação. É como quem faz Direito e quer ser juiz. Precisa fazer um curso mais específico e prestar concurso público. Mesmo com quatro anos de faculdade, ele não estudou aquilo com tanta profundidade”, compara.
                Para que os alunos tenham um maior apoio para entrar no mercado, a escola oferece um fórum, onde ex-alunos e empresas podem anunciar a procura de profissionais. “Vários dos nossos alunos já conseguiram emprego em fotografia dessa forma”. O professor também indica um ramo onde há mercado: os órgãos públicos. “Prefeituras, polícias civis, secretarias do meio ambiente e procuradorias públicas têm precisado de fotógrafos”, diz. Para quem pretende continuar trabalhando com fotografia analógica, a área é uma opção. “Os órgãos públicos usam muito a fotografia analógica, pois precisam confirmar a autenticidades das provas”, explica. A escola oferece simulados para as provas de concurso público que, segundo o professor, têm metade das questões sobre fotografia analógica e a outra metade, dobre fotografia digital.
                A maior procura pela profissionalização foi observada também na FullFrame, outra escola que oferece curso profissionalizante, dirigida por Thales Trigo, que durante 15 anos foi coordenador dos cursos de Fotografia do Senac-SP e por um ano, da Panamericana Escola de Arte e Design. Thales alerta para foto de que os interessados na profissionalização já têm uma graduação. Para ele, isso se deve ao fato de que hoje as pessoas têm mais coragem de mudar de profissão. Acredita que os bacharelados são muito úteis para formação do fotógrafo, porém, faz um adendo: “Para isso, as faculdades precisam ter organização e um currículo apropriado”.
                O fotógrafo social Sérgio Azevedo, morador em Cuiabá, brigou com o pai para fazer um curso de fotografia. “Meu pai falava ‘vai fazer o curso pra quê? Fotografar é fácil. É só pegar a câmera e tirar foto’. Mas achei que devia seguir  o que gostava. O curso é muito útil se o aluno levar a sério mesmo e persistir. Muita gente desiste”, conta ele, que fez uma parte via internet e outra presencial, em idas e vindas entre São Paulo e sua cidade. Atualmente, Sérgio trabalha com fotos de casamento, de crianças e para rede de hotel. Em 2010, teve duas fotos selecionadas para publicação no site da revista National Geographic. “Comecei a carreira no boca a boca, fotografando gente conhecida e visitando lojas de noiva para arrumar clientes”, lembra.
                “Antes de mais nada, deve-se ter postura e boa apresentação. O fotógrafo também deve ter uma boa conversa, ser educado e saber sua condição ali, já que ele nada mais é do que prestador de serviço. É importante também saber tirar proveito das condições mais complicadas possíveis, como condição de luz, ver o melhor fundo para fazer a foto e saber usar a lente certa para cada ocasião”. Os conselhos são de Wellington Nemeth para quem quer entrar na fotografia social, mas podem ser aplicados em todas as áreas da fotografia.
                O fato é que o acesso à fotografia ficou muito mais fácil com a era digital e o grande aumento de cursos livres, ou mesmo de nível superior, vem a comprovar que cada vez mais gente está interessada em aprender a se inserir no mercado profissional. Mas desde os primórdios da atividade, os ingredientes para que cada um acerte sua própria fórmula de sucesso continuam os mesmos: dedicação, persistência, conhecimento, talento, sorte, paciência...
ATILA’S PRODUÇÕES FOTOGRÁFICAS

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