ATILA’S PRODUÇÕES
FOTOGRÁFICAS
FOTOGRAFIA DIGITAL – Uma arte sem mistérios.
(Artigo tirado do livro
FOTOGRAFIA DIGITAL, da Editora Escala – www.escala.com.br)
O poder da imagem
A digitalização das máquinas fotográficas
e a maior facilidade dos amadores em adquirir um equipamento novo e tratar sua
foto no computador fez que esta publicação fosse criada. Com o objetivo de
aproximar todos os interessados na arte da fotografia ao universo do
conhecimento técnico e aprofundado sobre todos os temas que envolvem a produção
de uma peça fotográfica; ISSO, pixel, diafragma, obturador, lente e muitos mais
compõem esse projeto feito sob medida para quem busca melhores produções e
fazer bonito em qualquer evento.
Assim, os apreciadores de uma boa
foto poderão por meio das próximas páginas absorver informações para seu
desenvolvimento prático. Veja tudo o que você precisa saber sobre os conceitos
aplicados pelos profissionais em seus trabalhos, técnicas criadas durante
décadas, equipamentos essenciais para o cotidiano, além de uma definitiva
apresentação de como tratar uma foto utilizando o lendário photoshop.
Aproveite e mergulhe fundo na
história da fotografia e de seus criadores, saiba como produzir uma foto para
cada tipo de situação e de que forma comprar corretamente o modelo que melhor
se aplica aos seus objetivos.
Se você já é um apaixonado pela
arte de fotografar, após a leitura e estudo das dicas e lições presentes aqui,
sua visão de mundo será outra e suas fotos ganharão vida.
Os editores
O Atila’s Produções Fotográficas reproduz, em nove capítulos,
a matéria publicada no livro Fotografia Digital - Uma arte sem mistérios e o primeiro capítulo será a História e evolução da fotografia.
Capítulo I
História e evolução da
fotografia
Primeiras cenas
A invenção abriu as portas para
um novo tipo de arte e relacionamento do homem moderno com o mundo a sua volta.
Joseph Nicéphore Niepce precisou dez anos de constantes
experiências para chegar a uma imagem inalterada, produzida através da ação
direta da luz. Em 1826 ele “fotografou” a vista da janela do sótão de sua casa.
Parece um absurdo, mas registrar a imagem ele precisou de uma exposição de oito
horas; hoje se faz o mesmo em avos de segundo.
A descoberta de Niepce se deve a
outras tentativas, de outros inventores, ao longo dos séculos. Por exemplo, o
princípio óptico da câmara escura foi descoberto há cerca de 500 anos a.C., pelo
chinê Mo Tzu. Outra corrente de
pesquisadores acredita que o filósofo grego Aristóteles fez essa descoberta
quando estava sentado embaixo de uma árvore. Lá, ele pode observar, em um
eclipse solar parcial, que os raios passavam pelos menores orifícios produzidos
entre as folhas e formavam uma imagem mais nítida.
Contudo, eram tempos de
superstição e muito desconhecimento. Esses fatores fizeram com que os avanços
fossem temporariamente esquecidos. Somente no século 11, o uso da câmera escura
passou a ser usado para observar eclipse solares sem prejudicar a visão.
Em 1685, Johan Zahn descreveu a utilização de um espelho, para direcionar a
imagem que aparecia invertida ao plano horizontal.
Daguerreótipo
A descoberta decisiva para a
fotografia aconteceu em 1835, ano em que Louis
Daguerre guardou, sem querer, uma chapa revestida com prata e sensibilizada
com iodeto de prata em um armário. Eureka! No dia seguinte existia uma imagem
revelada sobre a chapa.
Quatro anos depois, vendeu seu
invento, daguerreótipo, ao governo francês. A engenhoca foi aperfeiçoada. A
sensibilidade das chapas foi aumentada, a posição da imagem corrigida,
acrescentando-se prismas (espelhos) às objetivas (lentes), E o ouro foi
incorporado ao processo de fixação.
Foi Josef Petzal, um matemático húngaro quem popularizou o
daguerreótipo e a fotografia. Isso porque ele fabricou uma lente nova e dupla,
trinta vezes mais rápida do que a usada na época, essa evolução reduziu o tempo
de exposição. Contudo, esse processo produzia apenas uma fotografia.
Precisou o inglês Fox Talbot inventar, por volta de 1840, o primeiro
sistema simples para a produção de um número indeterminado de cópias a partir
da chapa exposta, A partir deste ponto surgem as verdadeiras bases para o
desenvolvimento da fotografia.
Guerras
Em 1851, a calotipia, método de
Talbot, foi superada pelo processo de colódio úmido, inventado por Frederick Scott Archer. Com esse
sistema, nasceu a fotografia temática, área na qual se destacam as fotos feitas
por Roger Fenton durante a Guerra da
Crimeia e por Mathew Brady na Guerra
de Secessão nos EUA.
No final da década de 1870, a
chapa úmida tornou-se obsoleta. Ela deu lugar à chapa de gelatina, inventada
por Richard Leach Maddox. Não havia
mais necessidade de untar as chapas antes da exposição ou de revelá-las imediatamente
depois.
A chapa seca de gelatina tornou
simples a técnica fotográfica e revolucionou o desenho das câmeras. Com o novo
material, era possível registrar cenas em movimento, desde que as máquinas
tivessem um obturador instantâneo.
Nas décadas seguintes, as câmeras
fotográficas ficaram cada vez mais sofisticadas e seu tamanho já era próximo do
que temos hoje.
Em 1925, surgiu a Leica, seu uso
inicial era para testar os filmes de cinema. Durante um bom tempo, foi
desconsiderada no meio fotográfico até que alguns fotógrafos perceberam suas
vantagens: tamanho reduzido, que permitia discrição e facilidade de transporte,
e sua qualidade óptica e de definição. Ainda é considerada uma das melhores
câmeras 35 mm não reflex (visor direto).
Kodak
A história da Kodak é um capítulo
à parte. George Eastman foi o grande
responsável por tornar a fotografia acessível ao público. Insatisfeito com o
processo de colódio úmido, Eastman passou a utilizar a emulsão de gelatina
sensível. Em pouco tempo começou a fabricar e vender sua própria produção.
Com a boa aceitação, não teve
dúvidas e largou seu emprego bancário para fundar a Eastman Dry Plate Company
em 1881. Em 1884, juntou-se a William H.
Walker e inventou um chassi para 24 exposições, que podia ser encaixado em
qualquer câmera padrão, para fotos em chapa.
Quatro anos depois, ele lançou a
câmera Kodak: modelo compacto, com chassi completo que tinha rolo de filme para
cem exposições circulares. Foi uma verdadeira revolução. Com isso, o fotógrafo
podia se preocupar apenas em bater a chapa e conferir o resultado.
Depois que as fotos eram
realizadas, a câmera era enviada de volta à fábrica e devolvida recarregada com
cem cópias montadas em cartão. O slogan da Kodak era: “Você aperta o botão, nós
fazemos o resto”. Nascia a fotografia moderna, com ela os aperfeiçoamentos não
demoraram a surgir.
Foram lançados filmes em celuloide
transparentes, tanto para uso na Kodak como para qualquer máquina de filme em
rolo.
Mesmo com diversos avanços,
Eastman ainda buscava a redução de preços, isso, ele só conseguiu quando lançou
o filme de rolo em cartucho. A Kodak de bolso, Brownie, começou a ser vendida
em 1897 e unia simplicidade, qualidade e preço baixo. Pronto! A fotografia se
tornava popular.
No Brasil
Em 1824, chegou no Brasil o
francês Antonie Hércules Romuald
Florence. Durante 50 anos, dedicou seu tempo a inventos, e diante da necessidade
de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão. Isso em
1832, portanto, antes de Daguerre. O processo fotográfico que chamou de
Plygraphie reproduzia imagens pela luz do sol. No ano seguinte, Florence
fotografou com uma câmera escura e chapa de vidro e usou um papel sensibilizado
para impressão por contato.
D. Pedro II
Em 17 de janeiro de 1840, o abade
francês Louis Compte, capelão do L’Orientale, navio-escola franco-bela que dava
a volta ao mundo e chegara há pouco da Europa, produziu os primeiros
daguerreótipos do Brasil, todos da região central da cidade do Rio de Janeiro,
D. Pedro II, na época com 14 anos, foi apresentado ao novíssimo processo. O
interesse surgiu imediatamente, e não demorou muito para adquirir um
equipamento para seu próprio uso e melhor compreensão do processo, tornando-se
assim o primeiro cidadão brasileiro a realizar uma fotografia.
Digital
A fotografia digital é a mais recente
evolução fotográfica. No começo, muitos duvidavam, mas essa tecnologia já
ganhou seu espaço. É um sistema que dispensa filmes e forma imagens por meio de
pixels (pequenos pontos).
(continua - Capítulo II,
Fotografia digital).
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