ATILA’S PRODUÇÕES
FOTOGRÁFICAS
Por Simxer do site Foto Dicas Brasil
http://fotodicasbrasil.com.br/subexposicao-e-superexposicao-um-guia-para-iniciantes/
http://fotodicasbrasil.com.br/subexposicao-e-superexposicao-um-guia-para-iniciantes/
Existem muitas coisas técnicas necessárias para se estudar fotografia,
umas mais complexas e outras bem simples, mas todas são fundamentais para
costurar um entendimento que nos dará autonomia para finalmente exercemos nossa
criatividade na hora fazer aquela foto que tanto queremos.
Como
já disse em outros artigos, conheço fotógrafos que só conseguem bons resultados
fotografando no modo automático (quando conseguem condições perfeitas para bons
resultados), mas quando envolve o modo manual e conceitos como abertura,
velocidade e ISO, torna-se um problema, por não dominarem a técnica, ficam
sempre à disposição dos caprichos das suas câmeras. Um verdadeiro desperdício!
Seguindo
um esforço contínuo para cobrir o básico da fotografia, sempre estou procurando
pelos tópicos mais relevantes que possam te dar uma base técnica consistente e
assim garantir uma liberdade artística para se expressar, que acredito ser esse
o nosso grande objetivo quando nos tornamos fotógrafos, não importando em que
estágio estamos. Dentro deste contexto, este artigo, do fotógrafo Americano
Nasim Mansurov, se encaixou perfeitamente para discutir o tópico de
subexposição e superexposição, um conceito simples, e ao mesmo tempo importantíssimo
para a formação do nosso conceito e equilíbrio de luz, além de um ponto de
vista que representa o que eu penso em relação ao que é correto em fotografia.
Fiz os ajustes que julguei necessário para adequar a uma linguagem simples e
direta.
Superexposição e Subexposição – Um Guia Para
iniciantes
Agora, por um lado, não há muito o que discutir – uma explicação
simples dos termos é o que interessa à maioria dos fotógrafos iniciantes, mas
aqui está minha introdução aparentemente absurda ao artigo – não existe super
ou subexposição. E sério.
Porém, antes de filosofarmos, entender os dois termos
básicos é necessário, se não for pela criatividade e habilidade de criar
fotografias lindas, comoventes e brilhantes, então que seja para sermos capazes
de nos comunicar com nossos colegas fotógrafos.
Entendendo os Termos
Como
você deve saber, há três coisas que influenciam o “brilho” de uma imagem em
qualquer nível de luz – abertura, velocidade e ISO. Quando tentarmos tirar uma
foto “corretamente exposta”, o que importa não são as configurações que você
escolhe, e sim sua correlação, pois cada uma das três individualmente possui um
efeito em tal brilho. Então, por exemplo, se você estiver em um ambiente bem
iluminado e escolhe usar uma abertura grande (digamos, f/2 ou f/1.4), você precisará
compensar com uma velocidade maior do obturador e/ou menor valor de ISO. Se
você cometer um erro e fizer uma correlação “errada” entre as configurações,
você acabará com uma imagem que não está exposta “corretamente”. Eu explicarei
o motivo das aspas mais adiante. Por enquanto, é aqui que entram os termos.
1) O que é Subexposição?
Uma
imagem subexposta é o tipo de fotografia que pode ser considerada muito escura.
Aqui está um bom exemplo de tal fotografia:
X-E2
+ XF23mm F1.4 R @ 23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4
Note
que esta imagem em particular foi exposta de forma diferente durante a captura –
eu alterei seu nível de “brilho” usando um software, mas ela ainda é um bom
exemplo. Está claramente muito escura e mostra poucos detalhes, apenas as
partes mais brilhantes são fáceis de visualizar. E o mais importante, ela
parece errada.
2) O Que é Superexposição?
Superexposição
é exatamente o oposto do termo definido anteriormente. Uma imagem que é mais
brilhante do que deveria ser pode ser considerada com excesso de exposição.
Quando muita luz é permitida durante a exposição, o resultado é uma fotografia
muito clara. Apenas para que você possa comparar, aqui está a mesma fotografia
que eu mostrei agora pouco, mas ao invés de estar subexposta, ela está com
excesso de exposição – superexposta.
X-E2
+ XF23mm F1.4 R@23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4
Via
a enorme diferença? Enquanto a imagem anterior era muito escura, está é muito
clara, a um ponto em que chega a ficar desagradável de olhar. E ela também
possui poucos detalhes fáceis de reconhecer, e não faz justiça aos destaques ou
sombras dos objetos capturados.
3) O Que é Exposição Correta?
Este
talvez seja o caso mais óbvio e autoexplicativo. Uma imagem corretamente
exposta é aquela que parece clara ou escura o suficiente para que tanto as
sombras quanto os destaques pareçam naturais e confortáveis de olhar.
Teoricamente, tal fotografia não possui destaques ou sombras perdidas, o que
significa que todos os detalhes são claramente visíveis e o mais próximos
possíveis da “vida real”. A versão seguinte da imagem pode ser considerada como
bem exposta.
X-E2
+ XF23mmF1.4 R @ 23mm, ISO 320, 1/250, f/1.4
Como
você pode ver, há um bom equilíbrio entre as duas imagens anteriores – não é
muito escura e nem muito clara. Há poucos detalhes perdidos, principalmente nas
janelas, pois elas refletem muita luz. Considerando que é assim que a imagem
deve parecer se você estivesse parado na frente do prédio, você poderia dizer
que está uma visão próxima da “vida real”. Ela poderia ser um pouco mais escura
ou um pouco mais clara – geralmente, há limites relativos que decidem a
exposição “correta”.
É
importante notar que você não pode capturar uma imagem completamente realista
em termos e exposição. Isso não é possível – até mesmo quando se usa a técnica
HDR (que distorce a imagem de outras formas), embora possamos chegar perto, se
esta técnica for bem usada – por causa do alcance dinâmico limitado dos
sensores de imagem atuais. Nossos olhos não possuem tais limitações – em qualquer
momento (sob o que podemos chamar de circunstâncias normais), nós podemos
distinguir tanto destaques quanto transformam a fotografia em um processo
criativo, ao invés de uma representação da realidade.
Todas as Escolhas Criativas
Se tudo o que você queria deste artigo era distinguir
entre subexposição e superexposição e entender os dois termos, você pode parar
de ler agora. Porém, se você estiver pronto para meus artigos de sempre,
continue lendo. Porque nada das coisas acima realmente importa, tire isso da
cabeça.
NIKON D700 + 50.0 mm f/1.4 @ ISO 200, 1/8000, f/1.4
Quando eu estudava artes multimídias (eu digo como se
fosse há muito tempo atrás!), eu tive esta discussão com um dos professores
mais brilhantes. Nós falamos sobre se a fotografia, inerentemente, é uma representação da realidade, de eventos reais, personalidades reais,
ambientes... reais. Basicamente, se a fotografia é ou não uma mentira. Agora,
este é um assunto muito complexo, no qual nós podemos entrar profundamente (uma
conhecida minha fez seu bacharelado sobre este assunto). Mas, embora isto seja
interessante e instigador, este seria um artigo completamente diferente. Por
enquanto, com certas exceções que envolvem muito esforço deliberado do autor,
eu acredito que a fotografia realmente é uma mentira e não representa a verdade
ou realidade, pelo menos de forma direta. Ou seja, a fotografia é sempre um
processo criativo. Mesmo se a pessoa estiver tentando “mostrar a realidade”,
ela precisa dar certos passos criativos para conseguir isso.
Você pode estar se perguntando o que a subexposição e
superexposição tem a ver com isso, e a resposta é simples. Assim como a sua
escolha de lente,
Tudo o que você tem é a exposição correta ou incorreta
para você, para seu objetivo, para o seu trabalho. As configurações da sua
câmera que você escolheria para você em certa situação não são as configurações
corretas – são apenas uma sugestão de configurações que poderiam ser
consideradas as escolhas mais comuns.
A câmera não sabe o que você quer ou precisa, mas você
sabe qual parte da fotografia você quer expor “corretamente” para você, e quais
partes acabarão muito claras ou muito escuras. Naturalmente, isto não significa
que você deva superexpor todo o seu trabalho daqui em diante só por causa
disso.
Escolhas criativas só são assim quando você as faz com
pensamento, deliberadamente, e apenas quando elas compensam. Então, como você
expõe um retrato de uma mulher fotografada em frente a uma janela? Você quer
transformar isso em uma silhueta ou expor o rosto da mulher e apagar o fundo,
efetivamente isolando-se e removendo o ambiente? Isto é uma escolha.
NIKON D700 + 50.0 mm f/1.4 @ ISO 200, 1/8000, f/2.0
E isso não ocorre apenas em situações diretas.
Geralmente, eu tendo a expor minhas fotografias levemente “à esquerda” – como se
eu as “expusesse insuficientemente” um pouquinho. De um ponto de vista
puramente técnico da fotografia digital, esta é uma escolha errada, mas eu não
me prendo à perfeição técnica tanto assim e prefiro fazer o máximo de trabalho
possível durante o processo de captura de imagem e não no pós-processamento.
Por que subexpor? Isso pode ter algo a ver com o fato de eu gostar de ambientes
mais escuros, mas mais do que tudo, isso me ajuda a enfatizar a sutileza da
luz. Para mim, a fotografia é mais sobre a luz do que sobre uma história ou pessoa,
e eu gosto dela sútil, eu gosto dela cobrindo meus motivos levemente, mal os
cobrindo. Então, eu faço minha escolha criativa.
Como você pode ver, os termos não importam. Sim, eles
o ajudam a se comunicar com seus colegas fotógrafos e não se sentir perdido
entre pessoas mais técnicas, mas isso não ajuda com a sua criatividade. Não há,
na realidade, sub ou superexposição, há apenas o que você precisa, o que você
quer alcançar.
X-E2 + XF35mm F 1.4 R @ ISO 200, 1/4000, f/1.4
Voltando ao que eu disse no início
deste artigo, que certos fotógrafos ficam reféns de suas câmeras por não
conseguirem dominar a técnica, você percebe que é mais que isso, é preciso
colocar a técnica ao seu dispor, você é o artista, a câmera somente uma
ferramenta, que como todas outras, é preciso aprender e dominar, mas uma vez
feito isso, abre-se um mundo de incríveis possibilidades!
Boas fotos!
Matéria assinada por Simxer , autora do Fotos e Dicas Brasil
Crédito das fotos: Fotos e Dicas Brasil -
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